3 de dezembro de 2009

6º Capitulo - Fraquezas e forças

O capítulo sexto aborda, a questão da "vacuidade e da plenitude", já mencionadas como conceitos taoístas fundamentais geralmente adaptados às artes marciais. A idéia é encher-se de energia ao mesmo tempo que se esvazia o oponente. Como Mestre Sun diz, isto é feito para nos tornarmos invencíveis e para enfrentar os adversários somente quando estes são vulneráveis. Uma das mais simples dessas táticas é muito conhecida não apenas no contexto da guerra, mas também na manipulação social e dos negócios: "Bons guerreiros atraem o inimigo a si; não são eles que atacam o inimigo." Outra função da inescrutabilidade tão intensamente valorizada pelo guerreiro taoísta é a que recomenda conservar a própria energia ao mesmo tempo que se induz os outros a desperdiçar a sua: "O objetivo de formar um exército é chegar à não-forma", diz Mestre Sun; assim, ninguém poderá elaborar uma estratégia contra ti. Ao mesmo tempo, diz ele, induz o adversário a organizar suas próprias formações, leva-o a esparramar-se; testa o oponente para sondar seus recursos e reações, mas permanece desconhecido.

Neste caso, o informe e o fluido não são apenas meios de defesa e surpresa, mas meios de preservar o potencial dinâmico, a energia que pode ser facilmente perdida por manter-se numa posição ou formação específica. Mestre Sun compara uma força bem-sucedida à água, que não tem forma constante, mas que, como observa o Tao-Te-King, prevalece sobre tudo a despeito de sua fraqueza aparente. Sun afirma: "Uma força militar não tem formação constante, a água não tem forma constante. A habilidade de alcançar a vitória mudando e adaptando-se de acordo com o inimigo é chamada de genialidade."

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